Kary

Wednesday, January 10, 2007

Desigualdades Educativas Estruturais no Brasil...

As condições necessárias para atacar as desigualdades estruturais, melhorando a estrutura e os apoios políticos do setor público para torná-los comparáveis aos da rede particular.
Está certo que propor o aumento das despesas para a educação pública pode parecer provocador para certos economistas, na medida em que o período atual é caracterizado pela adoção, de modo religioso, de restrições orçamentárias.
Se observarmos que o governo federal gastou vários bilhões de dólares para sustentar bancos privados ou a paridade da moeda nacional com o dólar, podemos nos surpreender com o fato dele não encontrar os financiamentos necessários para são a educação pública.
A suspensão do financiamento público (direto e indireto) das empresas privadas (escolas e editoras) é necessária. Uma reflexão nacional sobre os manuais escolares é urgente. De fato, o dinheiro público ganhou pelos empresários privados do setor da edição é uma situação provocadora.
Além disso, uma maior mobilização do corpo docente e dos especialistas em ciências da educação é também é imprescindível. Essa mobilização passa pela necessidade de denunciar o mito do mercado livre dos serviços educativos. Esse mercado não passa de uma das facetas da distribuição injusta das rendas, uma vez que 15% dos brasileiros controlam 90% da riqueza criada no país.
A fragmentação do sistema educativo brasileiro em redes de várias velocidades é uma conseqüência do fracasso do planejamento escolar. Contudo, não é permitido deixar a mão invisível de o mercado substituir-se aos poderes públicos. O estado deve, portanto, ser o verdadeiro regulador e garante do conjunto do sistema educativo. Assim, é vão empreender uma reforma da rede pública sem fixar novas regras do jogo para o privado ou sem uma reflexão sobre educação informal e a formação profissional. Os Estados, as regiões e os indivíduos favorecidos devem participar de uma condição necessária.

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